segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Mitologia dos Tauren

Saudações, leitores!
O texto a seguir foi retirado de livros in-game, que podem ser encontrados na capital dos taurens. Eles tem uma mitologia muito legal e achei bacana pegar o que li do PTR. Se alguém souber de outros livros in-game, com uma importância assim para as raças, por favor me informe. Acho que deve ter algo em Darnassus, mas aquele lugar me é tão confuso!

Brumas da Aurora
Antes da Era da Memória, a Mãe Terra exalou, gentil, as Brumas douradas da Aurora. E onde repousaram as nuvens âmbar, cresceram prados infinitos de trigo e cevada. Seria a bacia dourada onde Ela enraizaria seus trabalhos, um cesto enorme repleto de vida de esperança.


Sobre a terra criada num sopro da Mãe brilharam os seus olhos. O olho direito, An'She (o sol), deu calor e luz à terra. O olho esquerdo, Mu'Sha (a lua), deu paz e sono às criaturas inquietas do despertar. Tal era o poder de seu olhar que a Mãe Terra fechava um olho em sonho para cada virada do céu. E foi o olhar amável dela que fez o dia noite no primeiro despertar do mundo.

Enquanto o olho direito brilhava sobre o áureo alvorecer, as mãos gentis da Mãe Terra cobriam as extensões de planícies douradas. Onde que que passasse a sombra de Seus braços erguia-se uma nobre gente do rico solo. Os Shu'Halo (os tautens) se ergueram para oferecer gratidão e preces a sua amada Mãe. Nos campos infinitos do despertar, os filhos da terra se colocaram sob sua graça e juraram abençoar seu nome até o último ocaso do mundo.

A Mágoa da Mãe Terra
Os filhos da terra caminharam os campos do despertar e ouviram sussurros sombrios que sibilavam dos confins profundos sob o chão. Os sussurros ensinaram aos filhos da terra as artes da guerra e da enganação. Muitos dos Shu'Halo foram tragados pela influência das sombras e seguiram os caminhos da malícia e da crueldade. Eles deram às costas a seus irmãos, deixaram a pureza e a inocência para vagar as planícies.

O coração da Mãe Terra pesava da desventura sofrida pelos filhos, e Ela não suportava vê-los cair em desgraça. Em meio a Seu sofrimento, Ela arrancou os próprios olhos e os lançou para correr os infinitos céus estrelados. An'She e Mu'sha correm um atrás do outro. Seguindo seus gráceis brilhos no fim do céu. Um querendo reconfortar o outro. Os gêmeos percorrem os céus até os dias de hoje a cada virar do mundo.

Apesar de cega, A Mãe Terra ainda tinha o mundo e o coração muito próximos. Em Seus ouvidos corria o vento que Lhe contava tudo o que se passava nos campos do despertar. Seus silhos sempre permaneceram em Seu coração, e a sabedoria do amor da Mãe nunca lhes fugiu.

O Cervo Branco e a Lua
A Mãe Terra introduziu nos corações corajosos de Seus filhos o amor pela caça. Pois as criaturas do primeiro despertar eram selvagens e ferozes. Elas se escondiam da Mãe Terra, encontravam conforto nas sombras e nas terras selvagens. Os Shu'Halo encontraram e caçavam as onde quer que elas estivessem. E as domavam com a benção da Mãe Terra.

Houve um grande espírito que os ludibriou, contudo. Apa'Ro (conhecido pelos Elfos Noturnos como Malorne) era um cervo orgulhoso de pelo branco como a neve. Sua galhada riscava o firmamento e seus cascos poderosos faziam tremer as profundezas do mundo. Os Shu'Halo caçaram Apa'Ro até os confins do mundo em despertar e quase capturaram o orgulhoso cervo.

O grande cervo, para escapar, saltou em direção ao céu. Sua fuga parecia certa, porém sua poderosa galhada enganchou-se nas estrelas. Embora coiceasse e lutasse, Apa'Ro não conseguiu se desprender dos céus. Foi então que Mu'Sha o encontrou, enquanto perseguia seu irmão, An'She, na direção da aurora. Mu'Sha se defrontou com o poderoso certo que lutava para se soltar e se apaixonou por ele à primeira vista.

A Lua, esperta, barganhou com o grande certo: Ela o libertaria das estrelas se ele a amasse e findasse sua solidão. Apa'Ro amou Mu'Sha, e ela concebeu um filho dele. O filho, um semideus, como muitos o chamariam, nasceu nas sombras das florestas da noite. Ele se chamaria Cenarius e trilharia o caminho estrelado entre o mundo desperto e o reino dos sonhos.

Senhor da Floresta e os Primeiros Druidas
Com o tempo, Cenarius se tornou grande como o orgulhoso pai. Irmão das árvores e estrelas. O grande caçador andejou os confins do mundo, cantando as canções harmoniosas do despertar. Todas as criaturas se curvavam perante sua graça e beleza, e não havia astúcia comparável à do filho da lua e do cervo branco.

Com o tempo, Cenarius amigou-se dos Shu'Halo e lhes falou sobre o virar do mundo. Os Filhos da Terra o chamavam irmãos e juraram ajudá-lo a cuidar dos campos da vida e das criaturas favorecidas de sua grande Mãe Terra,

Cenarius ensinou os filhos da Terra a falar com as árvores e plantas. Os Shu'Halo se tornaram druidas e engendraram magias grandiosas para cuidar e curar a terra. Durante muitas gerações os Shu'Halo caçaram ao lado de Cenarius e mantiveram o mundo a salvo das sombras que rondavam o subterrâneo.

O Ódio do Centauro
Com o dissipar das Brumas da Aurora do mundo e o avançar da Era da Memória, o semideus Cenarius seguiu seu próprio caminho nos campos do mundo. Os Shu'Halo ficaram pesarosos com a perda de seu irmão e esqueceram muito do druidismo que ele lhes havia ensinado. Com o passar das gerações, eles se esqueceram de como falar com as árvores e coisas selvagens da terra. Os sussurros sombrios das profundezas infiltraram-se em seus ouvidos uma vez mais.

Os filhos da terra fecharam seus ouvidos aos sussurros sombrios, mas ainda assim recaiu sobre as tribos nômades uma terrível maldição. Irrompeu das terras desoladas do oeste uma horda de criaturas assassinas: os Centauros. Canibais e carniceiros, os centauros, tal como uma peste, se abateram sobre os Shu'Halo. Os bravos e caçadores lutaram com a benção da Mãe Terra em seus corações, porém os centauros não se deixavam vencer.

Os Shu'Halo foram forçados a deixar suas antigas terras para trás e errar pelas planícies infinitas em incessante nomadismo. Eles acreditam que um dia a esperança retornaria, e que as tribos espalhadas encontrariam um novo lar nos Braços da Mãe Terra.


3 comentários:

  1. Pelas minhas barbas, que história magnífica!

    Uma mitologia muito interessante, que lembra antigos contos e histórias dos nativos norte-americanos e também a concepção da Terra-Média descrita pelo grande mestre Tolkien.

    Muito obrigado por compartilhar esta história conosco, J Neves!

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  2. Nossa, muito bonita mesmo.

    Os tauren são uma das raças mais interessantes deste jogo, e lendo sobre eles eu (quase) fico com um pouco de dó de cravar meu machado na cabeça de um minotauro por causa da semelhança física entre as raças.

    Quase.

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  3. OPa, fico feliz que tenham curtido o material trazido do próprio jogo. É legal saber que qualquer um pode ler isso lá mesmo, sem precisar recorrer a nenhuma fonte obscura. haha!

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