A História de Warcraft

Existem muitas traduções desta longa história pela internet. Esta foi encontrada no site Arkade, as imagens foram colhidas por mim e algumas alterações também foram aplicadas ao texto. Ainda assim, por se tratar de uma leitura longa, pedimos aos visitantes que reportem algum erro, ou mesmo termo estranho, encontrado ao longo do texto. Basta enviar um texto para jnsbmm@gmail.com . Agradeço desde já.
 - J. Neves IV

Imagens do Twisted Nether
Os Titãs e a Formação do Universo
Ninguém sabe ao certo como que o Universo foi criado, mas uma certeza é que um grupo de seres superpoderosos esteve por trás do processo inteiro: os Titãs. Seres colossais de pele metálica, os Titãs tinham um único objetivo: criar ordem a partir do caos. Eles exploraram e moldaram o Universo, criando montanhas e rios e inclusive dando poderes a raças primitivas para ajudar seu trabalho e manter a ordem.
Os Titãs eram guiados pelo Panteão, uma seita de elite que sempre buscaram manter a segurança do Universo. A principal ameaça ao Universo eram as entidades demoníacas do Twisting Nether, uma dimensão onde existiam criaturas que não buscavam nada a não ser destruir toda e qualquer forma de vida. Os Titãs, incapazes de conceber ou entender o mal, sempre tiveram dificuldades para impedir os demônios do Nether.

Sargeras e a Grande Traição
Conforme o tempo passou, os demônios do Nether invadiram os mundos dos Titãs. Para defender sua criação, o Panteão elegeu seu maior guerreiro, Sargeras, como primeira linha de defesa. Um gigante de bronze com poderes quase ilimitados, Sargeras teve que lidar principalmente com duas raças de demônios: os Eredar (Raça que deu origem aos Draenai) e os Nathrezim (também conhecidos como Dread Lords). Ainda que o grande Titã não tivesse grandes problemas para enfrentá-los, as lutas contra ambas raças malignas foram levando Sargeras lentamente à depressão.
Sargeras

Aos poucos, Sargeras foi perdendo a fé e a confiança na criação de seus irmãos, acreditando que o caos e a desordem era tudo que poderia existir no Universo. Sargeras então abandonou os Titãs em busca de seu lugar no Universo. Durante seu exílio, ele chegou à conclusão de que a culpa de tudo era dos Titãs, portanto ele se pôs a montar um exército para destruir os mundos. Ele libertou os Eredar e os Nathrezim, escolhendo da primeira raça dois poderosos tenentes para auxiliá-lo: um Eredar chamado Kil’jaeden, o Enganador, encarregado de recrutar as raças mais malignas do Universo, e Archimonde, o Degradante, responsável por liderar os exércitos de Sargeras em batalha.
A primeira manobra de Kil’jaeden foi escravizar os Dreadlords, que atuavam como seus agentes pessoais em busca de outros soldados. Já Archimonde convocou os pit lords e seus guerreiros bárbaros para ajudá-lo na batalha. Uma vez que Sargeras viu que seu exército estava pronto, ele os guiou para a guerra, chamando seu crescente exército deLegião Flamejante (Burning Legion). Até hoje, não se sabe quantos mundos foram destruídos por Sargeras e seus comandados em sua Cruzada Flamejante (Burning Crusade).

Os Deuses Antigos e a Organização de Azeroth
Sem saber das investidas de Sargeras, os Titãs continuaram sua missão até encontrarem um pequeno mundo que viria a ser conhecido como Azeroth, o mundo onde se passa a série Warcraft. Neste mundo, eles encontraram os elementais, seres hostis que obedeciam apenas aos Deuses Antigos. Perturbado pelos Deuses Antigos, o Panteão declarou guerra contra os elementais e seus mestres. Mesmo liderados por quatro dos seus tenentes mais poderosos: Ragnaros, o Lorde do Fogo,Therazane, a Mãe da Pedra, Al’Akir, o Lorde dos Ventos e Neptulon, o Caçador de Marés), os elementais pouco a pouco sucumbiram aos poderes dos Titãs. 

Yogg-Saron, um Deus Antigo
Sem o poder dos Deuses Antigos e com os elementais banidos, os Titãs se puseram a organizar Azeroth. Para ajudá-los na tarefa, eles criaram a partir de uma pedra mágica seres parecidos com anões e os imensos, porém gentis gigantes dos mares. Por muitas eras, os Titãs moldaram Azeroth, até que se formasse um único e perfeito continente. No centro deste continente, eles criaram um imenso lago, chamado Fonte da Eternidade, que seria a origem de toda a vida de Azeroth. Durante anos, plantas, árvores, criaturas e monstros começaram a surgir naquela terra que os Titãs nomearam Kalimdor, a “Terra da Luz Estelar Eterna”.

Os Dragões
Satisfeitos com seu trabalho, os Titãs, antes de abandonarem Azeroth, escolheram cinco dragões para manter a ordem no novo mundo. Estes dragões receberam poderes dos Titãs e ficaram conhecidos como os Grandes Aspectos:
Aman’Thul, o Grande Pai do Panteão, deu parte de seus poderes paraNozdormu, o Dragão de Bronze. Ele foi encarregado de cuidar do tempo e do destino. Por isso, ele ficou conhecido como O Eterno.
Eonar, a Titã da Vida, deu parte de seu poder a Alexstrasza, a dragoa vermelha que ficou conhecida como a Rainha dos Dragões e ela seria a líder de sua raça. Alexstrasza também é responsável por cuidar de todas as formas de vida de Azeroth.
Eonar também deu parte de seu poder a Ysera, irmã mais nova de Alexstrasza. Ysera, uma dragoa verde, ficou responsável por cuidar da natureza. Por ter entrado em um sono eterno logo após, ela passou a ser conhecida como A Sonhadora. Ysera cuida da natureza de Azeroth da sua dimensão própria, o Sonho Esmeralda.
Malygos
Norgannon, o Guardião da Sabedora, concedeu parte de seus poderes para Malygos, um dragão azul. Toda a magia arcana ficou sob a tutela de Malygos, que passou a ser conhecido como o Tecelão de Feitiços.
Por fim, Khaz’goroth, o Titã que deu forma ao mundo, deu uma porção de seu poder para Neltharion, o dragão negro. A partir de então, Neltharion virou o Guardião das Terras, responsável por cuidar das terras de Azeroth.
Assim, após a escolha dos Cinco Aspectos, os Titãs abandonaram Azeroth para sempre. Mas a existência do novo mundo não passaria despercebida por Sargeras e a Legião Flamejante…

O Despertar do Mundo e a Fonte da Eternidade
Conforme o tempo passou, um povo humanoide rústico começou a morar nas margens da Fonte da Eternidade, o imenso lago no meio de Kalimdor. Durante anos, o poder cósmico do lago foi afetando seus moradores, que passaram a se tornar mais inteligentes, mais fortes e virtualmente imortais. A tribo adotou o nome de Kaldorei, o que significa “filhos das estrelas”.
Os Kaldorei (ou elfos da noite, como viriam a ser conhecidos) adoravam a deusa Elune e acreditavam que ela vivia nas profundezas do lago durante o dia. Por isso, eles estudavam a Fonte da Eternidade com afinco. Conforme sua população crescia, os Kaldorei começaram a desbravar Kalimdor e conhecer que outros povos existiam ali. As únicas criaturas que fizeram eles parar eram os poderosos Dragões. Os elfos concordaram que era melhor que os dragões e seus segredos fossem deixados em paz.
Aos poucos, os Kaldorei foram conhecendo outras criaturas, entre eles Cenarius, um poderoso semideus das antigas florestas. Cenarius gostava dos Kaldorei e passava grande parte do tempo ensinando-os sobre a natureza.
A civilização Kaldorei foi crescendo e se expandindo. Azshara, a rainha dos elfos, construiu um grande palácio perto do lago. Seus servidores, chamados Quel'dorei ou Highborne, adoravam Azshara e acreditavam ser superiores ao restante de sua raça. Enquanto Azshara era adorada por todos, os Quel’dorei secretamente eram invejados e odiados pelos outros elfos.
A rainha então ordenou que os Highborne estudassem ainda mais os poderes da Fonte. Foi durante estes estudos que eles descobriram que poderiam usar os poderes tanto para destruir quanto para criar. Os Quel’dorei encontraram magia primitiva e se colocaram a estudar as capacidades dela. Cenarius e outros avisaram Azshara que era perigoso mexer com tal magia, mas ela e seus seguidores continuaram a estudar o crescente poder recém-descoberto.
Conforme o tempo passou, Azshara e os Quel’Dorei passaram a se tornar mais reservados e cruéis perante seus irmãos elfos. A rainha, antes querida e amável, era cada vez mais reclusa e se recusava a conversar com qualquer pessoa que não fosse seus confiáveis Quel’dorei. Um jovem estudioso chamada Malfurion Stormrage começou a suspeitar que uma força maligna estivesse corrompendo os Highborne e sua amada rainha, mas ele não tinha noção do que viria a acontecer…

A Guerra dos Anciões
Aviana, uma das Anciãs 
As experiências de Azshara e dos Quel’dorei atraíram a atenção de Sargeras, que foi tomado por uma insaciável fome de poder ao ver as capacidades da Fonte da Eternidade. Ele juntou a Legião Flamejante e começou sua invasão de Azeroth. A Rainha Azshara, cega por poder, concordou em deixar que Sargeras entrasse em seu mundo. Os Quel’dorei começaram a adorar Sargeras como se ele fosse um deus. Azshara e os Highborne então criaram um portal sobre o lago para que Sargeras e a Legião entrassem de vez em Azeroth.
Assim, a Legião Flamejante, liderada por Archimonde e Mannoroth, o Destruidor, começou a devastar as casas dos elfos da noite. Ninguém sobrevivia às investidas da Legião. Foi aí que Malfurion convenceu seu irmão, Illidan, um dos Quel’dorei, a abandonar suas práticas e sua obsessão pela magia. Os dois partiram atrás de Cenarius para montar uma resistência contra a Legião. Junto com eles foi a jovem e bela feiticeira Tyrande, pela qual os dois se apaixonaram. No entanto, Tyrande amava Malfurion, o que magoou Illidan, mas que sabia que sua decepção não era nada perto da dor que ele sentia por causa do seu vício por magia.
Illidan conseguiu controlar seu vício graças a Tyrande, o que permitiu que ele ajudasse seu irmão em busca de Cenarius. O semi-deus então concordou em ajudar os elfos a encontrar os Grandes Aspectos, de modo que eles pudessem dar um fim à devastação provocada pela Legião Flamejante.
Quando os aliados dos elfos da noite se encontraram com os demônios da Legião, o confronto só piorou. Mesmo com o poder dos Dragões, Malfurion e seus colegas notaram que apenas força bruta não serviria. Enquanto isso, Azshara e os Quel’dorei ansiavam pela chegada de Sargeras – tanto que eles se uniram para criar um portal grande o suficiente para que Sargeras entrasse em Azeroth.
Durante o combate, Neltharion, o Aspecto Dragão da Terra, enlouqueceu. Passando a se chamar Deathwing, o dragão traiu seus companheiros e levou os cinco dragões para longe da batalha. Enfraquecidos pela luta com Deathwing, Alexstrasza e seus companheiros tiveram que abandonar os seus colegas mortais.
Convencido que a Fonte da Eternidade era o portão para o mundo dos demônios, Malfurion decidiu destruí-la. Seus irmãos elfos, entendendo que a Fonte era a origem de sua imortalidade e de seus poderes, ficaram horrorizados pela decisão. Mas Tyrande entendeu a decisão de Malfurion e convenceu Cenarius e seus companheiros a invadir o templo de Azshara e achar um jeito de destruir a Fonte da Eternidade.

O Declínio
Sabendo que a destruição da Fonte acabaria com seus poderes, Illidan traiu seu irmão e foi avisar os Quel’dorei e Azshara das intenções de Malfurion. Quando este e seus companheiros invadiram o palácio da rainha, os Highborne já estavam mais do que preparados. Quase todos os seguidores de Malfurion caíram perante os poderes da rainha. Tyrande tentou atacar Azshara de surpresa, mas foi pega por um dos Quel’dorei e sofreu graves ferimentos.
Ao ver sua amada ferida, Malfurion enraiveceu e decidiu acabar com a vida de Azshara. A batalha entre os dois foi feroz, criando um vórtice que iniciou a destruição do palácio e, consequentemente, da Fonte da Eternidade. A explosão destruiu as terras e escureceu os céus. Quase 80% dos territórios de Kalimdor foram destruídos, restando apenas poucos pedaços de terra. Onde antes era a Fonte da Eternidade, agora é uma grande tempestade, repleta de energias caóticas, chamada de Maelstrom. Esta cicatriz eterna é uma lembrança da catástrofe que aconteceu e uma lembrança da utópica sociedade criada pelos Kaldorei.
Azshara e os Quel’dorei conseguiram sobreviver, mas foram amaldiçoados e transformados por causa do grande mal que libertaram. Presos nas profundezas de Maelstrom, eles criaram uma nova cidade, chamada Nazjatar, onde eles se esconderiam por 10 mil anos até se revelarem novamente.

A Destruição da Fonte da Eternidade

Monte Hyjal e o Presente de Illidan
Malfurion, Tyrande, Cenarius e outros elfos conseguiram sobreviver ao Grande Declínio e alcançaram a terra, onde recomeçaram sua vida. Alguns Highborne que sobreviveram foram acolhidos também, um pouco a contragosto de Malfurion, mas ele acreditava que, sem a Fonte da Eternidade, eles eram inofensivos. Ao ver que o Monte Hyjal havia resistido também, eles começaram a escalá-lo, em busca de recomeçar suas vidas.
Lá, encontraram um pequeno lago em um vale, onde recomeçariam sua civilização. Para o horror de Malfurion, seu irmão, Illidan, já havia chegado ao lago muito antes deles e havia despejado no novo lago as águas da Fonte da Eternidade, criando uma nova Fonte. Malfurion caçou Illidan e o prendeu, de modo a evitar uma nova catástrofe. Illidan foi então encarcerado em uma prisão subterrânea, com Maiev Shadowsong sendo escolhido para ser seu carcereiro. Então, Malfurion e os outros elfos decidiram deixar a nova Fonte intacta, com medo de que uma nova guerra pudesse acontecer.

A Árvore do Mundo e o Sonho Esmeralda – 9 mil anos antes de Warcraft 1
Por anos, os elfos tentaram reconstruir seu mundo, outrora destruído por Azshara e a Legião. Um dia, Alexstrasza, a Vermelha,Ysera, a Verde e Nozdormu, o Bronze, três dos Grandes Aspectos, vieram até os elfos da noite para ver os frutos de seu trabalho. Ao saber da existência de uma nova Fonte da Eternidade, eles ficaram preocupados que a Legião pudesse voltar a atacá-los. Os três dragões e Malfurion então fizeram um pacto para manter a Fonte segura e evitar o retorno da Legião.

O Sonho Esmeralda
Assim, Alexstrasza plantou uma semente no fundo da Fonte. Essa semente, graças aos poderes do lago, virou uma árvore colossal, de proporções gigantescas. Os poderes dessa árvore se espalhariam pelo mundo todo, de modo a recuperá-lo. A Árvore do Mundo então foi nomeada de Nordrassil, o que significa “Coroa dos Céus” em sua língua nativa. Nozdormu, por sua vez, lançou um feitiço que garantiria que, enquanto a Árvore permanecesse de pé, os elfos jamais ficariam doentes ou envelheceriam. Ysera então conectou a Árvore a sua dimensão própria, o Sonho Esmeralda, onde ela poderia cuidar da evolução e do fluxo da natureza. Os elfos druidas, ainda que relutantemente, concordaram em hibernar por séculos, de modo que seus espíritos pudessem viver dentro do Sonho Esmeralda de Ysera.

O Exílio dos High Elves – 7.300 anos antes de Warcraft 1
Os elfos expandiram-se para as florestas de Ashenvale. Debaixo do controle dos druidas, os elfos levavam uma vida calma. Porém, os Quel’Dorei sobreviventes viviam inquietos. Tal como Illidan, eles caíram numa depressão enorme por não poderem usar seus poderes mágicos. Eles foram tentados a estudar a energia da Fonte e usar magia novamente. Dath’Remar Sunstrider, o líder do Highborne, começou a opor-se aos druidas e acusou-os de covardia por rejeitarem a magia. O druidas advertiram que o uso da magia seria castigado severamente. Numa tentativa de convencer os druidas que deviam usar magia, Dath’Remar e os Quel’Dorei chamaram uma tempestade para assolar Ashenvale, mas isso não foi o suficiente.
Como consequência, os druidas decidiram exilar Dath´Remar Sunstrider e seus seguidores, os quais estavam contentes com a ideia de se separarem dos druidas. Construíram navios para cruzar o Grande Mar e fundar a sua própria nação onde poderiam praticar a magia livremente. Acabaram por chegar às terras que posteriormente seriam chamadas de Lordaeron e instalaram-se numa terra a norte de Lordaeron, a qual batizaram de Quel´Thalas. Eles recusaram os modos de vida noturnos dos Kaldorei, e decidiram fazer a vida de dia. Passaram a ser conhecidos como High Elves.

As Sentinelas e a Longa Vigília
Depois da partida dos Quel’Dorei, os druidas, incluindo Malfurion, sentiram-se prontos para entrar no Sonho Esmeralda. Os Kaldorei selaram as fronteiras de Ashenvale com um encantamento que os afundaria num mistério profundo. Os druidas deixaram para trás as vidas deles para se unirem a Ysera no Sonho EsmeraldaTyrande pediu a Malfurion que não o fizesse, mas Malfurion sentia-se moralmente forçado a entrar no Sonho Esmeralda, e fazia isso com prazer. Ele disse a Tyrande que nada poderia separá-los e então entrou no sonho Esmeralda.
Tyrande, agora Alta Sacerdotisa, junto das suas irmãs elfas noturnas tornaram-se Sentinelas cuja missão seria proteger Kalimdor e guardar as florestas de Ashenvale. Elas tiveram a ajuda de Cenarius e de seus filhos e filhas, os guardiões das florestas e as dríades. Porém, sem Malfurion ao seu lado, Tyrande temeu sempre uma segunda invasão por parte da Legião Flamejante.

A Fundação de Quel’Thalas – 6.800 anos antes de Warcraft 1
Os Quel’dorei, liderados por Dath’Remar, abandonaram Kalimdor e desbravaram o Maelstrom. Após muito tempo, eles encontraram o lugar que depois seria conhecido como Lordaeron. Eles se estabeleceram em Tirisfal Glades, mas muitos deles começaram a enlouquecer. Rumores davam conta que uma força maléfica vivia ali, e era isso que causava a loucura de seus companheiros. Assim, eles decidiram levantar acampamento e se mudar.
A viagem dos Quel’Dorei foi complicada. Desde que tinham perdido o contato com a Fonte da Eternidade, eles começaram a ficar doentes e a envelhecer, a pele deles ficou branca e os seus cabelos ficaram loiros. Eles encontraram criaturas que nunca viram, como humanos, que viviam em tribos. Mas o desafio maior eram os trolls de Zul’Aman.

O Lar Ancestral dos Trolls

Estes trolls formavam o Império Amani e tinham a qualidade de regenerarem as feridas mais terríveis e provaram ser uma raça terrível e hostil para tudo aquilo que passasse no território deles. Os elfos portanto criaram um profundo rancor deles e matavam todo e qualquer troll que encontrassem.
Pouco tempo depois, os High Elves fundaram Quel’Thalas, uma cidade parecida com a Fonte da Eternidade. No entanto, o lugar era uma antiga cidade troll que o Império Amani ainda cultuava como sagrada, o que atraiu a raiva dos trolls. Os High Elves então atacaram os trolls com magia, mas muitos temeram atrair a atenção da Legião. Para evitar isso, foram construídos monólitos de runas ao redor de Quel’Thalas. Estes monólitos eram na verdade uma barreira mágica que não só esconderia o uso da magia, mas também afugentaria os trolls.
Quel’Thalas então se tornou um monumento ao progresso dos High Elves. Foi fundado o Conselho de Silvermoon para governar a região, mas a dinastia do Sunstrider seria sempre quem governaria Quel’Thalas. O conselho, composto por sete elfos, regia as leis e as terras do império. Protegidos pela barreira, os High Elves esqueceram as advertências dos Kaldorei e continuaram a usar magia para quase tudo.

Arathor e as Guerras dos Trolls
Os trolls eram uma ameaça, e as tribos nômades de homens uniram-se numa só, a grande tribo Arathi. A grande tribo Arathi queria enfrentar os trolls e estabelecer o seu próprio território tribal. Deste modo, os Arathi derrotaram as tribos rivais humanos, oferecendo paz e igualdade se eles se unissem a eles. Deste modo, os Arathi tornaram-se grandes, conseguindo aguentar os ataques das carretilhas. Os Arathi decidiram construir uma cidade-fortaleza, localizada no sudeste de Lordaeron. A nação Arathi passou a se chamar Arathor, e a cidade-fortaleza, Strom. Debaixo da mesma bandeira, os humanos criaram uma cultura forte. O rei Thoradin soube da existência dos High Elves e dos ataques constantes que estes sofriam por parte dos trolls. As defesas dos elfos estavam falhando. Estes, desesperados, prometeram ensinar magia a alguns humanos, de forma que estes pudessem fazer frente aos trolls. Os elfos descobriram que alguns humanos tinham uma facilidade inata para dominar a magia.
Cem homens foram educados nas artes mágicas dos elfos, não mais que o necessário para enfrentar os trolls. Os elfos, acompanhados pelos aliados humanos, então partiram para o norte.
Os exércitos de elfos e humanos enfrentaram fortemente os trolls nas montanhas de Alterac. Quando julgaram que era hora, tantos os magos humanos quantos os elfos fizeram cair a fúria dos céus nos trolls, de modo que não deixariam que as feridas dos trolls se curassem. Os trolls então jamais se ergueriam como uma nação novamente, pois nunca se recuperariam completamente desta guerra. Por outro lado, elfos e humanos aliaram-se e juraram lealdade e amizade eterna.

Os Guardiões de Tirisfal – 2.700 anos antes de Warcraft 1
Com o passar dos anos, o rei Thoradin morreu de velhice e deixou a liberdade a seus sucessores de forma que eles ampliaram o Reino além das paredes de Strom. Os cem magos humanos originais aperfeiçoaram seus poderes. Estes magos tinham cuidado e responsabilidade com o uso da magia, mas, ao passar estes conhecimentos para gerações próximas, a magia começou a ser usada sem restrições e voltada para o ganho próprio, sem qualquer sendo de responsabilidade para com seus companheiros. No entanto, conforme seus poderes cresciam, mais isolados da sociedade esses novos magos viviam.
Uma cidade nova, Dalaran, foi fundada ao norte de Strom. Muitos magos viajaram a Dalaran onde eles esperavam poder usar a magia livremente. Os magos humanos aprenderam a chamar temporais e chuvas, como também para teletransportar-se de um lugar para outro, ficar invisível, mudar a forma dos animais. Dalaran prosperou, aceitando o poder dos magos, mas a realidade em volta de Dalaran começou a ruir.
Os demônios da Legião Flamejante, que sumiram depois da explosão do Fonte da Eternidade, foram atraídos pelos feitiços constantes em Dalaran, que tinham quebrado as barreiras efêmeras entre o mundo físico e os mundos etéreos. Estes demônios não foram uma grande ameaça, mas eles perturbaram a ordem nas ruas de Dalaran. Os mágicos de Dalaran esconderam a existência de demônios ao público.
As pessoas começaram a suspeitar que os mágicos escondiam a verdade. Os magos, temendo uma revolução, que eles pediram para ajuda aos High Elves. Os elfos determinaram que eram só alguns demônios perdidos pelo mundo, mas que, sim, a Legião Flamejante poderia retornar se os homens de Dalaran continuassem usando magia naquele ritmo.
Os elfos então informaram os mágicos humanos na antiga história de Kalimdor e o Legião Flamejante. Os magos pretendiam criar um campeão mortal, um guardião que enfrentaria a Legião em uma cruzada secreta. Os elfos então propuseram a criação de uma sociedade secreta que cuidaria da seleção deste campeão.
A reunião ocorreu em Tirisfal e, por isso, nomearam a seita de Guardiões de Tirisfal. Só haveria um Guardião ao mesmo tempo, mas ele teria vasto poder para lutar contra a Legião. Quando um guardião envelhecia muito, um Guardião novo era escolhido para continuar a luta contra a Legião. Durante gerações, os Guardiões defenderam as terras de Quel'Thalas e Arathor, enquanto o uso da magia aumentou por todo o império humano.

Ironforge e o Despertar dos Anões – 2.500 anos antes de Warcraft 1
Os Portões de Ironforge

Depois da partida dos Titãs, os Earthen, seus filhos, continuaram com a tarefa de formar o interior do mundo. Os Earthen nunca se preocuparam sobre os assuntos das raças da superfície, e só se preocupavam com as profundezas da terra. Depois da explosão da Fonte da Eternidade, os Earthen foram afetados. Sentindo muita dor, os Earthen perderam suas identidades e se recolheram para as câmeras de pedra onde haviam sido criados. UldamanUldum e Ulduar eram as cidades dos Earthen, nas quais eles dormiriam em paz durante 8.000 anos.
Tendo acordado por razões desconhecidas, os Earthen de Uldaman notaram que seus corpos haviam mudado durante a hibernação. A pedra de seus corpos se tornou carne e seus poderes sobre as pedras e a terra desapareceram – eles tinham se tornado mortais. Assim, eles passaram a se chamar de Anões. Eles construíram uma cidade debaixo da mais alta das montanhas, chamando-a de Khaz Modan. Eles fundaram uma forja poderosa dentro da montanha de modo que a cidade que surgiu ao redor dessa forja passasse a ser chamada de Ironforge. Fascinados pelas pedras preciosas e minerais, os anões permaneceram alheios aos assuntos das raças da superfície.

Os Sete Reinos – 1.200 anos antes de Warcraft 1
Strom continuava sendo a capital de Arathor, mas com o tempo muitas cidade novas surgiram, tais como Gilneas, Alterac e Kul Tiras, mas que permaneciam subjugadas pela soberania de Strom. Debaixo da vigilância da Ordem de Tirisfal, Dalaran se tornou a meca da aprendizagem dos magos. Os magos de Dalaran criaram o Kirin Tor, uma organização cujo objetivo era catalogar e pesquisar principalmente feitiços, encantamentos ou objetos mágicos que a humanidade tinha conhecido.
Gilneas e Alterac se tornaram um apoio militar forte e desenvolveram exércitos grandes, que exploraram as montanhas ao sul de Khaz Modan. Deste modo, os homens descobriram os anões, e ambas as raças descobriram que eles tinham uma afinidade em contar histórias e batalhar. Kul Tiras, fundada em uma ilha de Lordaeron, se desenvolveu a partir da pesca e o mercado. Mais tarde, Kul Tiras criou uma grande força naval, que explorou os mares e terras conhecidas à procura de bens exóticos para comercializar. Mas, enquanto Arathor floresceu, os seus elementos mais fortes começaram a se desintegrar.
Com o tempo, os lordes de Strom decidiram mudar suas moradias para as terras verdes do norte, deixando as terras áridas do sul. Os herdeiros de Thoradin, últimos descendentes dos Arathi, não queriam abandonar Strom, o que causou um grande descontentamento para muitos humanos que estavam disposto a abandonar Strom. Os lordes de Strom terminaram de abandonar a cidade, e construíram a cidade de Lordaeron, situada ao norte de Dalaran, nome esse que dariam para o resto do continente. Lordaeron se tornou a meca religiosa e um ponto de paz e segurança para todos.
Os descendentes da dinastia Arathi permaneceram nos territórios de Strom, mas depois viajaram para o sul das montanhas de Khaz Modan. A viagem durou muito tempo e eles se estabeleceram no norte do continente que futuramente se chamaria Azeroth. Lá, em um vale, eles fundaram o poderoso reino de Stormwind. Os poucos que ficaram em Strom formaram a nação de Stromgarde. Deste modo, o império de Arathor se desintegrou e cada nação forjou suas próprias convicções e costumes. A visão do Rei Thoradin de uma nação única e forte havia se dissipado completamente.

Aegwynn e a Caça aos Dragões – 823 anos antes de Warcraft 1
Enquanto o reino humano separou, os Guardiões permaneceram em vigilância constante. Havia um Guardião que se distinguiu como um grande lutador contra a sombra, Aegwynn. Aegwynn, uma brava mulher humana, questionou a autoridade do Conselho de Tirisfal, dominada por homens. Aegwynn pensou que os elfos e os homens velhos do conselho não eram rígidos nem capazes de dar um basta à guerra contra os demônios. Cansada pelas discussões longas e debates, Aegwynn demonstrava ímpeto em vez de raciocínio em situações cruciais.
Aegwynn
O domínio dela do poder de Tirisfal cresceu e Aegwynn terminou descobrindo que um numeroso grupo de demônios estava aparecendo no continente frio de Northrend. Aegwynn viajou até o continente e achou demônios entre as montanhas que estavam caçando os últimos dragões e absorvendo a magia ancestral deles. Aegwynn enfrentou os demônios, e com ajuda dos dragões, os derrotou. Mas, assim que o último demônio despareceu do mundo, uma tempestade terrível tremeu os céus do norte e Sargeras emergiu em Northrend. O rei demônio disse a Aegwynn que o tempo de Tirisfal havia acabado e que o mundo chegaria a seu fim, devorado pela Legião. Aegwynn atacou o demônio, conseguindo acabar com a forma física de Sargeras com facilidade alarmante. A isto, Aegwynn puxou o corpo de Sargeras para uma das salas antigas de Kalimdor que estava perto do ponto onde a Fonte da Eternidade havia desmoronado, no centro do Grande Mar. Aegwynn nunca suspeitou que aquele era o verdadeiro plano de Sargeras, sendo que este havia transportado seu espírito para o enfraquecido corpo de Aegwynn sem que ela soubesse.

A Guerra dos 3 Martelos – 230 anos antes de Warcraft 1
Em Ironforge, os anões viveram em calma durante muitos séculos. Enquanto o rei Modimus Anvilmar reinou com valor, três facções anãs surgiram. O Clã Bronzebeard, defensores de Ironforge, conduzidos pelo Thane Madoran Bronzebeard; o Clã Wildhammer, conduzido pelo Thane Khardos Wildhammer, que habitava as minas e a base da montanha e que desejava mais poder dentro da cidade; e o Clã de Dark Iron, conduzido pelo Thane feiticeiroThaurissan. Os anões do clã de Dark Iron habitavam as sombras debaixo das montanhas e eles conspiravam contra os outros dois clãs.
Quando o grande rei Anvilmar morreu de velhice, as disputas para o poder explodiram e a guerra civil anã assolou Ironforge durante muito tempo. Os Bronzebeards expulsaram o Wildhammers e o Dark Iron fora da montanha. O clã dos Wildhammers viajou para o norte, onde construíram seu próprio reino nas montanhas de Grim Batol, onde prosperaram e reconstituíram seus tesouros. O clã de Dark Iron não teve a mesma sorte e, humilhado, jurou vingança contra Ironforge. Os anões de Dark Iron viajaram para o sul, onde fundaram a cidade de Thaurissan, batizada tal qual seu líder, debaixo das Montanhas de Redridge.
O passar dos anos não extinguiu a raiva do clã de Dark Iron, e Thaurissan ansiava por dominar todas as terras de Khaz Modan só para seu clã, assaltando tanto Ironforge quanto Grim Batol. O clã de Dark Iron quase conseguiu seu objetivo. Mas Madoran Bronzebeard conseguiu uma importante vitória sobre os anões de Thaurissan, e estes tiveram que se voltar para sua cidade. Por outro lado, Modgud, feiticeira e esposa de Thaurissan, investiu com força contra os Wildhammer de Grim Batol, mas Khardros conseguiu matar a rainha dos Dark Iron. Com a rainha morta, os exércitos restantes de Dark Iron tentaram escapar, mas se viram presos entre os guerreiros de Wildhammer e os de Ironforge, que haviam ido ajudar Grim Batol. Os dois exércitos então rumaram para o sul, intentos em acabar com Thaurissan e os Dark Iron. Foi então que Thaurissan invocou um ser sobrenatural cujo poder estava além da sua imaginação.
Ragnaros, o lorde do Fogo, um dos deuses elementares, estava preso por causa dos Titãs, mas foi libertado graças a Thaurissan. O renascimento do poderoso cavaleiro abalou as Montanhas de Redridge, criando um imenso vulcão chamado Blackrock Spire. Apesar da morte de Thaurissan, Ragnaros e seus elementais escravizaram os anões de Dark Iron que restaram. Assustados pelo poder de Ragnaros, os exércitos de Ironforge e Grim Batol voltaram para seus reinos. Quando o Wildhammer chegou a Grim Batol, eles descobriram que a morte de Mogdud tinha tornado inabitável o seu reino. Frente a esta situação, Bronzebeard ofereceu para os Wildhammer um lugar nos limites de Ironforge, mas os Wildhammer rejeitaram. Khardros e seu povo viajaram para Lordaeron, para a floresta de Hinterlands e lá fundaram Aerie Peak, onde eles entraram mais em contato com a natureza e inclusive conheceram e ficaram amigos dos grifos que habitavam a área.
Ambos os reinos mantiveram relações comerciais e prosperaram. Quando Khardros Wildhammer e Madoran Bronzebeard morreram, foram erguidas duas estátuas das figuras deles na fronteira com as terras governadas por Ragnaros, como advertência do preço que os Dark Iron pagaram pelos seus crimes. Ainda apavorados com o que ocorreu em Grim Batol, os Wildhammer tomaram a decisão de viver, dali em diante, na superfície, o que levou às duas facções a se distanciarem.

O Último dos Guardiões – 45 anos antes de Warcraft 1
Medivh
Com Sargeras derrotado, Aegwynn continuou protegendo Azeroth por quase novecentos anos, até que o Conselho de Tirisfal decidisse que tinha terminado seu papel como guardião. Aegwynn discordou e resolveu escolher um sucessor ela mesma. Aegwynn então concebeu um filho com Nielas Aran, um mago humano muito habilidoso. A criança se chamava Medivh (o guardião dos segredos em élfico).
Aegwynn acreditou que Medivh se tornaria o próximo guardião, mas ela não sabia as verdadeiras intenções de Sargeras. Sargeras então possuiu o corpo de seu filho antes mesmo do nascimento. Logo, Medivh foi, na realidade, possuído pelo grande inimigo de sua mãe. Medivh cresceu sem problemas, enquanto estudando as artes da magia de seu pai e na companhia de seus dois melhores amigos, Llane (o príncipe de Azeroth) e Anduin Lothar, descendente dos Arathi. Mas ao chegar aos 14 anos de vida, o poder escondido de Sargeras acordou e a briga de Medivh para o controle de sua alma o deixou em coma. Ao despertar, Medivh descobriu que era já adulto e que Llane e Anduin eram os regentes de Azeroth, e, embora ele quisesse proteger Azeroth com seus novos poderes, Sargeras impediu isto e levou Medivh a um resultado terrível. Sargeras sabia que uma segunda invasão estava próxima e que o último Guardião do mundo possibilitaria isto.

Kil’Jaeden e o Pacto das Sombras
Kil’Jaeden, um dos lordes demônios da Legião, planejou uma invasão secreta a mando de Sargeras. Ele precisava de uma outra ameaça, que pudesse debilitar às raças mortais do planeta, antes de começar com a verdadeira invasão.
Kil’Jaeden conheceu o pacífico mundo de Draenor. Em Draenor, habitavam uma grande diversidade de raças: os Draenei, uma cultura calma e civilizada, que habitava diversas cidades, erguidas ao redor dos montes e penhascos do lugar; e os orcs, organizados em clãs, geralmente governados por duas figuras: o primeiro, um chefe que seria os mais fortes no clã, e o segundo, um xamã, treinado desde jovem e o guia espiritual da cidade.
O lorde demônio notou que os orcs eram que mais suscetíveis que os Draenei e ele achou que eram mais fáceis de corromper. A anatomia dos orcs também era mais favorável para trabalhos de guerra que a dos Draenei. Kil’Jaeden falou com um velho xamã, de nome Ner’Zhul e ele lhe prometeu glórias e poderes que nenhuma raça de Dreanor jamais viu e o presente da  vida eterna. Ner’Zhul, atraído pela oferta do demônio, fez um pacto de sangue com ele. Ner’Zhul, a mando de Kil’Jaeden, semeou a semente da destruição no coração dos orcs, e estes, com o tempo, se tornaram os bárbaros sedentos por sangue e destruição.
Kil’Jaeden então propôs a Ner’Zhul e aos orcs se renderem de corpo e alma à guerra. O xamã percebeu as intenções de Kil’Jaeden, e soube que os orcs seriam escravizados, o que o fez recusar a oferta do demônio. Contrariado pela reação do orc velho, Kil’Jaeden procurou outra marionete, o que o levou ao xamã aprendiz e estudante de Ner’Zhul, o orc Gul’dan. Como antes, Kil’Jaeden falou a Gul’dan de poder ilimitado e prometeu isto a ele em troca de sua obediência cega. Era deste modo que Gul’dan, seduzido pelas ofertas de Kil’Jaeden, se tornou um estudante aplicado da magia demoníaca. Assim o aprendiz de xamã se tornou um dos mais poderosos professores feiticeiros da história. Gul’dan guiou outros orcs a abandonar as artes do xamanismo e os levou para dar boas-vindas o conhecimento demoníaco da magia de Kil’Jaeden, o poder que os condenaria: a necromancia.
Quando Kil’Jaeden alcançou seus objetivos por Gul’dan, eles criaram o Conselho das Sombras, uma seita de orcs que manipularia os clãs secretamente e estenderia as práticas da necromancia para todos os territórios de Draenor. Deste modo, as terras de Draenor foram apodrecendo e, em pouco tempo, as energias demoníacas foram destruindo Draenor.

O Surgimento da Horda
As batalhas ao redor de Draenor voltaram os orcs uns contra outros. Sem um inimigo comum, a destruição levou ao orcs a competir entre eles em testes de força e morte. Alguns chefes de clãs, entre eles Durotan, chefe do Clã Frostwolf, notaram que este comportamento acabaria com os orcs. Ninguém escutou, e outros chefes de clãs mais poderosos, tais como Grom Hellscream, do Clã de Warsong, se tornaram os líderes desta nova era de guerras.
Para ter certeza da lealdade dos orcs,Kil’Jaeden fez com que o Conselho das Sombras invocasse Mannoroth, o Destruidor. O Conselho então convenceu os chefes de todos os clãs a beber o sangue de Mannoroth, pois isto os tornariam invencíveis. Todos os chefes dos clãs, com exceção de Durotan, beberam e se tornaram criados de Mannoroth, estendendo sua lealdade à Legião aos seus irmãos dos clãs orcs.
Com os desejos de destruição renovados pelo sangue de Mannoroth, os orcs queriam lançar sua fúria sobre quem quer que ficasse na sua frente. Gul’dan então juntou todos os orcs em uma única Horda, dentro da qual os chefes de clãs lutariam entre eles ser coroado como chefes supremos. Gul’dan então escolheu um orc, que seria sua marionete para comandar a Horda.
Blackhand, o Destruidor, Senhor do Clã Blackrock, foi eleito para a posição de Senhor de Guerra e liderava a Horda com sua crueldade e seus desejos de poder. Para testar a força da Horda, eles começaram a caçar e destruir os Draenei, que, por ser um povo pacífico, sucumbiu rapidamente perante a força da Horda.
Kil’Jaeden sabia que a Horda estava pronta, eram a principal arma da Legião Flamejante. Sargeras também estava ciente disto e o momento de sua vingança se aproximava cada vez mais.

O Portal Negro e a queda de Stormwind – Warcraft 1: Orcs and Humans

O Portal Negro

Enquanto a Horda se preparava para invadirAzerothMedivh continuava a lutar pelo controle de seu corpo. O Rei Llane Anduin Lothar, seus antigos amigos, estava cientes disto, mas não faziam ideia do mal que estava por vir.
Sargeras, por meio de Medivh, prometera a Gul’dangrande poder se o orc encontrasse o túmulo onde a Guardiã Aegwynn havia colocado o corpo original de Sargeras e recuperasse o corpo. Gul’dan então decidiu que, após a Horda dominar Azeroth, ele procuraria pelo túmulo e receberia seu prêmio. Assim, Sargeras deu ordem para iniciarem a invasão.
Medivh e os líderes do Conselho das Sombras abriram então o Portal Negro (Dark Portal), um portal que ligava Draenor a Azeroth, grande o suficiente para transportarem exércitos inteiros. Olheiros orcs foram antes, analisando Azeroth e decidindo que o planeta era propício para uma invasão. Durotan ainda tentou mais uma vez impedir a invasão, dizendo que isto ia de encontro com a natureza pura dos orcs. Gul’dan, ciente dos problemas que assassinar Durotan causaria, isolou o Clã de Frostwolf inteiro juntamente com seu chefe nos confins de Azeroth.
Junto com o clã de Frostwolf, alguns orcs também foram para Azeroth. Estes orcs se estabeleceram em Black Morass, uma região pantanosa a leste do reinado de Stormwind, cujos guerreiros humanos logo começaram a confrontar a nova ameaça. Ainda que estes pequenos embates terminavam logo, Llane e Lothar nunca conseguiram dimensionar o real tamanho da Horda. Em poucos anos, quase todos os orcs haviam feito a passagem e Gul’dan decidiu que já era hora do primeiro grande ataque orc, que seria justamente em Stormwind.
O Rei Llane e Sir Anduin Lothar diferiam a respeito de como lidar com os orcs. O Rei permanecia em Stormwind, acreditando que os orcs não eram uma grande ameaça, enquanto que Lothar queria levar a guerra até os seres de Draenor. O cavaleiro então seguiu seus instintos e, junto com o aprendiz de Medivh, Khadgar, invadiu a torre-fortaleza de Medivh, Karazhan. A dupla conseguiu derrotar e matar Medivh, inadvertidamente banindo o espírito de Sargeras e libertando o espírito puro e bondoso de Medivh, que vagaria o plano astral por muitos anos.
A Horda continuou a dominar as forças de Stormwind e, com a vitória cada vez mais próxima, Orgrim Doomhammer, um dos grandes chefes orcs, começou a ver a depravação que havia se espalhado dentre os orcs. Durotan, seu antigo companheiro, o avisou mais uma vez dos perigos dos demônios, mas Gul’dan mandou assassinar Durotan e sua família. O único sobrevivente foi o filho caçula de Durotan, que foi escravizado por um humano, Aedelas Blackmoore, e que, no futuro, seria o maior líder de todos os tempos da raça orc.
Orgrim então matou Blackhand e se tornou o senhor de guerra dos orcs. Com Orgrim à frente, os orcs finalmente destruíram Stormwind, matando o Rei Llane e forçando Lothar e seus guerreiros a se exilarem. Sir Lothar então prometeu recuperar suas terras natais de Stormwind a qualquer custo das mãos dos orcs.

A Aliança de Lordaeron – Warcraft 2: Tides of Darkness
Os Líderes da Aliança
Lorde Lothar então saiu por toda Azeroth recrutando os humanos remanescentes. Todos os que sobraram se dirigiram para Lordaeron, onde os sete grandes líderes humanos formariam a Aliança de Lordaeron – a primeira vez em mais de três mil anos em que os povos de Arathor estavam unidos sob uma única bandeira.
Apontado como o Comandante Supremo das Forças da Aliança, Lorde Lothar tinha a ajuda de seus fiéis tenentes, Uther, Aquele que Traz a Luz, o almirante Daelin Proudmoore e Turalyon. Graças aos três, Lothar conseguiu convencer as outras raças da ameaça da Horda, conseguindo o suporte dos anões de Ironforge e de um pequeno número de elfos de Quel’Thalas. Os elfos, pouco interessados no conflito, ajudaram Lothar pois ele é o último descendente da linhagem Arathi, que havia ajudado os elfos em tempos passados.
A Horda, agora liderada pelo Senhor de Guerra Doomhammer, iniciou sua investida contra o reino de Khaz Modan. Reforçada pelos trolls da Floresta Amani e por ogros de Draenor, a Horda ainda conseguiu um poderoso artefato chamado Demon Soul, com o qual conseguiu escravizar a dragoa vermelha Alexstrasza. Ameaçando destruir os ovos dela, eles fizeram com que seus filhos lutassem pela horda, e os nobres dragões vermelhos passaram a ajudar os orcs.
Mesmo sem reforços, a Aliança incrivelmente conseguia segurar a ameaça da Horda, mas a vitória dos orcs parecia inevitável. Foi quando Doomhammer e Gul’dan brigaram, e Gul’dan levou quase metade dos soldados orcs para o mar, enfraquecendo a Horda e forçando Doomhammer a bater em retirada. Sempre sedento por poder, Gul’dan, auxiliado pelos clãs de Stormreaver Twilight’s Hammer, iniciou uma busca frenética pelo Túmulo de Sargeras. Ao encontrá-lo, Gul’dan foi surpreendido, pois dentro só havia demônios enlouquecidos esperando para serem libertos.
Os demônios aniquilaram Gul’dan e os orcs rebeldes então se renderam, voltando para sob o comando de Doomhammer. Lorde Lothar, sentindo que a Horda estava enfraquecida, conseguiu encurralar os orcs em Blackrock Spire. Ainda que Lothar tivesse morrido em batalha, Turalyon e seus soldados conseguiram destruir o Portal Negro, cortando a ligação dos orcs com Draenor. A Horda finalmente sucumbiu perante a força da Aliança. Para evitar futuras ameaças, Khadgar, agora um mago de certo renome, convenceu o alto comando da Aliança a construir a fortaleza de Nethergarde em volta das ruínas do Portal, para garantir que não haveriam mais reforços para os orcs remanescentes.

A Invasão de Draenor – Warcraft 2X: Beyond the Dark Portal
Ainda que os orcs presentes em Lordaeron estavam sendo mantidos sob cativeiro, em Draenor, Ner’Zhul, antigo mentor de Gul’dan, estava montando um novo exército orc. Auxiliado pelo clã de Shadowmoon, Ner’zhul pretendia abrir uma série de portais para outros mundos, mas, para isto, precisava de vários artefatos presentes apenas em Azeroth. Para achá-los, o xamã reabriu o Portal Negro e enviou seus servos.
A nova Horda, liderada por veteranos como Grom Hellscream e Kilrogg Deadeye (do clã de Bleeding Hollow), surpreendeu a Aliança e rapidamente conseguiu reunir os artefatos necessários. O Rei Terenas de Lordaeron, convencido de que uma nova investida orc estava por vir, enviou o General Turalyon Khadgar juntamente com um grande exército para Draenor, a fim de acabar com a ameaça orc.
Em Draenor, Ner’Zhul conseguiu abrir seus portais, mas a energia liberada por eles começou a destruir Draenor. Os orcs, desesperados e em busca de uma salvação, tentaram voltar para a relativa segurança de Azeroth. Turalyon e Khadgar, já em Draenor, resolveram então destruir o Portal Negro. Para eles e para os orcs, não haveria retorno para Azeroth mais.
Ner’Zhul e o clã de Shadowmoon conseguiram passar pelo maior dos novos portais, mas, atrás deles, o mundo torturado de Draenor finalmente desaparecia em uma grande e apocalíptica explosão.

O Nascimento do Lich King
Ner'zhul
Ner’Zhul e seus aliados entraram para o Twisting Nether, o plano etéreo que liga todos os mundos. Lá, Kil’Jaeden e os demônios da Legião os esperavam. Kil’Jaeden então torturou Ner’zhul, desmembrando seu corpo, mas mantendo seu espírito vivo, pois o xamã ainda tinha que cumprir com sua promessa de dominar Azeroth.
Mantendo o espírito do orc, Kil’Jaeden criou um exército que não seria vítima das traições e rivalidades e seria focado apenas no objetivo principal, que é dominar Azeroth. O demônio então colocou o espírito de Ner’Zhul em um bloco de gelo duro como diamante. Sentindo sua consciência expandir, Ner’Zhul se tornou um ser espectral de incrível poder. O xamã orc Ner’Zhul deixava de existir e nascia o Lich King.
Seus aliados do clã de Shadowmoon também passaram por transformações e se tornaram liches, mortos-vivos imortais que obedeceriam o Lich King sem questionamentos. Kil’Jaeden então explicou seu plano para o Lich King. Ele deveria espalhar uma praga que mataria os humanos e faria com que eles se tornassem mortos-vivos, eternamente ligados à vontade do Lich King. Se Ner’zhul obtivesse sucesso, ele ganharia um novo corpo para habitar livremente.
Ainda que Ner’Zhul tivesse concordado com o plano, Kil’Jaeden tinha medo que algo pudesse dar errado. Para isso, ele mandou seu principal demônio, o dreadlord vampírico Tichondrius, para vigiar o Lich King. Tichondrius estava fascinado pela severidade da praga e pelo potencial genocida do Lich King.

Icecrown e o Trono de Gelo
O bloco de gelo que prendia Ner’Zhul foi enviado para Azeroth. Atravessando o céu como um meteoro, o caixão aterrissou na geleira de Icecrown, em Northrend, uma região gelada e praticamente desolada. O bloco, com a queda, assumiu o formato de um trono. Este Trono de Gelo servia então de morada para o espectro do Lich King, que com pouco esforço já havia escravizado alguns trolls de gelo e wendigos, humanos canibais que se tornaram monstros de incrível força e inteligência.
Pouco tempo depois, o Lich King descobriu um vilarejo humano próximo de Icecrown, e decidiu que testaria seus poderes com os habitantes do lugar. Ele guiou a praga diretamente para o vilarejo e, em três dias, todos os humanos do lugar estavam mortos e já começavam a renascer como mortos-vivos. Ner’Zhul podia sentir seus corpos e pensamentos e, eventualmente, descobriu que dar ordens para os zumbis era fácil. Com seu exército de zumbis crescendo diariamente, Ner’Zhul sabia que seu verdadeiro teste estava chegando.

A Batalha de Grim Batol
Enquanto isto, ao sul, os orcs remanescentes lutavam pela sobrevivência. Enquanto Grom Hellscream e o clã de Warsong escaparam, Deadeye e o clã de Bleeding Hollow foram capturados e postos em cativeiro. Ao norte, em Khaz Modan, entretanto, o clã de Dragonmaw, liderado pelo infame Nekros, construía um exército dentro das ruínas da antiga – e, alguns dizem, amaldiçoada – Grim Batol. Graças a um artefato chamado Demon Soul, Nekros possuía o controle sobre Alexstrasza e seus dragões e planejava lançar seu novo exército e as criaturas contra a Aliança.
O que ele não suspeitava era um pequeno grupo de humanos, liderados pelo mago Rhonin, que conseguiu destruir o Demon Soul e libertar Alexstrasza e seus filhos. Furiosos, os dragões destruíram Grim Batol e incineraram boa parte do clã de Dragonmaw. Os orcs que sobreviveram foram capturados pela Aliança. A derrota de Nekros e Dragonmaw assinalou o fim da Horda e o término da sede de sangue dos orcs.

A Letargia dos Orcs
Meses se passaram e os cativeiros de orcs estavam superlotados. Novos cativeiros foram construídos, mas, para mantê-los, o Rei Terenas estipulou um novo imposto, o que causou desconforto por toda Azeroth. No meio da crise política, os gerentes dos cativeiros notaram uma diferença: pouco a pouco, os orcs foram perdendo a vontade de lutar e de querer fugir. A estranha letargia assustou os líderes da Aliança e enfraqueceu ainda mais os orcs.
O mago Antonidas de Dalaran buscou uma explicação para a letargia. Após intensa pesquisa, ele descobriu que os orcs estiveram sob influência demoníaca por muitos anos, desde antes da primeira invasão a Azeroth. Como esta influência estava se dissipando, ele acreditava que eram os demônios que davam grande força e agressividade para os orcs. Ele chegou a conclusão que não se tratava de uma doença e sim uma consequência da retirada da influência demoníaca. Ainda que os líderes da Aliança acreditavam ser imprudente achar uma cura para os orcs, Antonidas concluiu que a cura deles deveria ser espiritual.

A Nova Horda
O chefe dos cativeiros, Aedelas Blackmoore, tinha grande interesse em apenas um orc: um jovem que foi encontrado e escravizado por ele 18 anos atrás e que ganhou o nome de Thrall. A Thrall lhe ensinaram táticas, filosofia e técnica de combate. O jovem orc inclusive foi treinado para ser um gladiador. Thrall cresceu e se tornou um forte e inteligente orc. Após fugir de Blackmoore, ele começou a buscar mais sobre sua raça, visitando os cativeiros e, para sua surpresa, encontrava não os orgulhosos guerreiros de outrora e sim orcs tímidos e covardes. Assim, Thrall foi atrás do último chefe orc que não fora derrotado: Grom Hellscream.
Hellscream ainda mantinha os ideais da Horda e, tentava, sem sucesso, recuperar seus irmãos orcs dos cativeiros. Por isso, Hellscream e a Horda ganharam a profunda empatia de Thrall. Ainda buscando suas verdadeiras origens, o jovem encontrou o clã de Frostwolf, onde descobriu que era filho do nobre Durotan. Após estudar a cultura xamanística de seu povo, Thrall virou um poderoso xamã e assumiu seu posto como líder dos Frostwolves.
Em seguida, Thrall começou a buscar os outros clãs, com a intenção de recuperar a Horda. Em suas viagens, ele encontrou com Orgrim Doomhammer, o antigo Senhor de Guerra orc, que vivia como um eremita. Por ser antigo amigo de Durotan, Doomhammer resolveu seguir Thrall.

Thrall, o Senhor dos Clãs

Para simbolizar o renascimento de seu povo, Thrall atacou a fortaleza de Durnholde, casa de Blackmoore. Ele teve sucesso em se vingar de seu antigo mestre, mas a um preço grande: Doomhammer faleceu em combate. Com a morte dele, Thrall assumiu seu martelo e a armadura negra de Doomhammer, se tornando o novo Senhor de Guerra da Nova Horda. Apoiado por Hellscream, seu amigo e mentor, Thrall nunca mais deixaria que seu povo se tornasse escravo novamente.

A Guerra da Aranha
Enquanto Thrall libertava os orcs em LordaeronNer’Zhul continua sua dominação em Northrend. Um império que se pôs em seu caminho era o de Azjol-Nerub, fundado por uma estranha raça de aranhas humanóides. Muito para a frustração do Lich King, os nerubianos eram imunes à praga e aos poderes psíquicos dele.
A guerra foi ganha no cansaço, muito graças aos dreadlords e aos incontáveis zumbis do Lich King. Ainda que os nerubianos eram imunes à praga, os poderes necromânticos de Ner’Zhul foram mais do que suficiente para ele ressuscitar os guerreiros aracnídeos e colocá-los sob seu comando. Ner’Zhul ainda adotou o estilo arquitetônico dos nerubianos como um testamento, uma homenagem à tenacidade e coragem deles. Desta forma, o Lich King se preparava para sua grande missão, entrando em contato com a única alma maligna que o escutaria…

Kel’Thuzad e a formação do Flagelo
Kel'Thuzad, como Líder do
Culto dos Malditos
Uma porção de pessoas havia escutado os chamados mentais do Lich King, entre eles Kel’Thuzad, um mago de Dalaran considerado rebelde, pois insistia em estudar a necromancia. Desapontado com os outros magos, Kel’Thuzad foi de encontro ao Lich King, interessado nos grandes poderes que uma parceria com Ner’Zhul traria.
Ao encontrar o Lich King, Kel’Thuzad foi bem recebido, pois teria uma missão importante: fundar uma religião que endeusasse o Lich King. Usando seu carisma e poder, Kel’Thuzad atraía os povos abandonados de Lordaeron, lhes oferecendo uma nova visão do mundo e uma nova figura para chamar de rei.
Durante três anos, ele reuniu um grupo de homens e mulheres que pensavam de maneira parecida, fundando o Culto dos Malditos, que lhes prometia imortalidade e igualdade social em troca da adoração a Ner’Zhul. Com o sucesso do plano de Kel’Thuzad, o Lich King preparava artefatos chamados caldeirões da praga, que serviriam depois como instiladores da praga. Guardados em vilas controladas pelo Culto, os artefatos esperariam até a hora certa de serem ativados.
O plano funcionou perfeitamente. Os cultistas queriam morrer, pois estavam atraídos pela oferta da imortalidade através da praga. Em pouco tempo, o número de zumbis cresceu rapidamente. Kel’Thuzad deu o nome de Flagelo (Scourge) para o novo exército, pois logo ele flagelaria Lordaeron inteira.

A Aliança se Enfraquece
Desatentos à crescente ameaça dos mortos-vivos, os reinos humanos começaram a brigar por questões territoriais e de impostos. Muitos deles, principalmente Genn Greymane, de Gilneas, acreditavam que estariam melhor fora da Aliança. Para piorar a situação, os elfos de Silvermoon resolveram rescindir seu pacto com a Aliança, afirmando que Quel’Thalas e as suas florestas foram destruídas por culpa dos humanos. Juntamente com eles, Gilneas Stromgarde se separaram da Aliança também.
No entanto, muitas facções permaneceram ao lado do Rei Terenas de Lordaeron. O Almirante Proudmoore, de Kul Tiras, e o jovem rei Varian Wrynn, de Azeroth, se mantiveram ao lado de Terenas. Os magos de Kirin Tor garantiram a lealdade de Dalaran também, mas o que mais dava segurança era o poderoso rei anão, Magni Bronzebeard, que jurou que os anões de Ironforge teriam uma dívida eterna com Lordaeron por terem retirado Khaz Modan do controle da Horda.

O Flagelo de Lordaeron – Warcraft 3: Reign of Chaos
Kel’Thuzad então lançou a praga sobre LordaeronUther e seus paladinos fizeram o que podiam, mas a praga se espalhava, não importando o que fizessem. O único filho de Terenas, o Príncipe Arthas, assumiu a frente das batalhas contra o Flagelo, inclusive conseguindo matar Kel’Thuzad, mas cada vez mais tomava decisões extremas contra os mortos-vivos. Frustrado e cansado, Arthas foi avisado por seus amigos que estava aos poucos perdendo sua humanidade.
No entanto, sua impetuosidade provou ser seu fim. Após rastrear a fonte da praga até Northrend, Arthas foi até as terras geladas, com o intuito de por fim a tudo. No entanto, ele foi mais uma presa dos incríveis poderes do Lich King. Acreditando que salvaria seu povo, Arthas pegou a espada amaldiçoada Frostmourne, o que lhe deu grandes poderes, mas roubou sua alma o transformou no maior de todos os guerreiros de Ner’Zhul. Com sua alma separada e sua sanidade destruída, Arthas assassinou seu pai, o Rei Terenas, e liderou os exércitos do Flagelo contra Lordaeron, sua terra natal.

Sunwell – a Queda de Quel’Thalas
Após derrotar todos os seus antigos companheiros, Arthas ainda era assombrado pelo espírito de Kel’Thuzad, que dizia para o guerreiro que deveria ser ressuscitado para a próxima parte do plano. Para isto, os restos mortais do mago deveriam ser levados até Sunwell, uma fonte mística escondida em Quel’Thalas.
Arthas e o Flagelo entraram em Quel’Thalas, onde Sylvanas Windrunner, vigia-general de Silvermoon, o aguardava. Arthas e Sylvanas lutaram, mas o ex-príncipe levou a melhor, destruindo todo o exército de high elves. Assim, Arthas submergiu os restos mortais de Kel’Thuzad em Sunwell, o que amaldiçoou as águas da fonte, mas fez com que o mago se tornasse um poderosíssimo feiticeiro lich. Ao final, quando Arthas, Kel’Thuzad e os mortos-vivos abandonaram, Quel’Thalas, o antigo reino élfico de mais de 9 mil anos, não existia mais.

O Retorno de Archimonde e o Voo até Kalimdor
Archimonde
Após a destruição de Quel’Thalas, o Flagelo se dirigiu para Dalaran, onde buscariam o livro antigo de Medivh e trariam Archimonde de volta para Azeroth. Nem os magos de Kirin Tor conseguiram impedir Arthas de conseguir o livro. Kel’Thuzad então realizou o encantamento e, dez mil anos depois, Archimonde e seus servos estavam em Azeroth novamente. Entretanto, seu destino não seria Dalaran, e sim Kalimdor, para destruir Nordrassil, a Árvore do Mundo.
No meio do caos, um solitário profeta guiava as raças mortais: ninguém mais, ninguém menos que Medivh, que voltara para se redimir. Ele disse para Aliança Horda se unirem por causa dos perigos que o Flagelo representava, mas o ódio de gerações entre humanos e orcs não permitia isto. Portanto, Medivh então guiou as duas facções separadamente, usando truques e profecias.
Os orcs, liderados por Thrall, conheceram e se aliaram com os guerreiros taurens, liderados por Cairne Bloodhoof, mas sofriam com a sede de sangue imposta pela influência demoníaca de tempos anteriores. Até mesmo o principal tenente de Thrall, Grom Hellscream, abandonou o grupo e se dirigiu, junto com seu clã de Warsong, para as florestas de Ashenvale, onde encontrou os elfos noturnos anciãos Sentinelas. O semideus Cenarius então confrontou os orcs, mas foi morto em batalha. Depois, Hellscream e seus aliados conseguiram se redimir, ao ajudar Thrall a derrotar Mannoroth, o lorde demoníaco que amaldiçoou os orcs. Com a morte de Mannoroth, a maldição dos orcs acabava.
Enquanto Medivh tentava aliar orcs e humanos, os Kaldorei (elfos da noite) lutavam contra a LegiãoTyrande Whisperwind, a imortal Sentinela, batalhava desesperadamente contra os demônios mas, sentindo que precisava de ajuda, ela saiu para acordar os druidas Kaldorei de sua hibernação, incluindo seu eterno amor, Malfurion Stormrage. Com a ajuda de Malfurion, a própria natureza conseguiu afastar a Legião.
Procurando por outros druidas, Malfurion encontrou a prisão onde havia posto seu irmão,Illidan, e, convencido que Illidan iria ajudá-los, libertou-o. Illidan realmente os ajudou, mas eventualmente fugiu para perseguir seus próprios interesses.
Os Kaldorei tentaram a todos os custos evitar que a Legião alcançasse a Fonte da Eternidade, que era a fonte das energias da Árvore do Mundo e o coração do mundo élfico. Caso a Legião conseguisse, o mundo todo acabaria nas mãos dos demônios.

A Batalha do Monte Hyjal
Sob a tutela de MedivhThrall Jaina Proudmoore, a líder dos humanos em Kalimdor, se deram conta que necessitavam se aliar e Malfurion e Tyrande também concordaram que eles deveriam se unir para defender a Árvore do Mundo. Unidas sob um propósito, as raças de Azeroth trabalharam juntas para fortalecer as energias da Árvore do Mundo. Malfurion então lançou a fúria primitiva de Nordrassil, destruindo efetivamente Archimonde e cortando a âncora da Legião com a Fonte da Eternidade. A batalha final chacoalhou todo o mundo. Incapacitados de adquirir poder da Fonte, a Legião Flamejante sucumbiu perante a força combinada dos exércitos mortais de Azeroth.

O Traidor Ascendente – Warcraft 3X: The Frozen Throne
Illidan agora estava livre após 10 mil anos. De início querendo ajudar seus amigos, ele logo voltou para suas intenções originais e foi atraído por um poderoso artefato, a Caveira de Gul’dan, que lhe concedeu novos poderes e uma forma demoníaca. Ele também adquiriu as memórias de Gul’dan, principalmente sobre o Túmulo de Sargeras.
Kil’Jaeden então confrontou Illidan, lhe oferecendo um lugar entre os maiores líderes da Legião se o irmão de Malfurion conseguisse derrotar Ner’Zhul, quem já estava ficando muito poderoso para Kil’Jaeden controlar. Sabendo que precisaria de um artefato poderoso para destruir o Trono de Gelo, Illidan foi atrás do Túmulo de Sargeras com o auxílio de uma naga, uma espécie de cobra.

Illidan, depois de absorver os poderes do crânio de Gul'dan

Maiev Shadowsong, a antiga vigia da prisão de Illidan, foi atrás dele, mas desta vez Illidan levou a melhor, adquirindo o Olho de Sargeras antes que Maiev pudesse recapturá-lo. Com o Olho, Illidan foi para a antiga cidade de Dalaran, onde ele lançou um poderoso feitiço para destruir a citadela de Icecrown, que acabou com as defesas do Lich King. Porém, num último momento, Malfurion Tyrande chegaram e interromperam o feitiço de Illidan. Com o fracasso, Illidan fugiu para Outland, que fica onde era Draenor, a antiga terra dos orcs. Maiev, determinada a recapturá-lo, o perseguiu até lá, enquanto Malfurion e Tyrande retornaram para Ashenvale.

O surgimento dos Blood Elves
Neste tempo, a praga já havia transformado Lordaeron Quel’Thalasem Plaguelands, terras devastadas pela praga do Lich King. Existiam poucos focos de resistência. Um deles era um grupo de high elves liderados pelo último da dinastia Sunstrider: o Príncipe Kael'thas. Estes elfos, ainda tristes pela morte de seus companheiros, passaram a se chamar blood elves, ou elfos de sangue, em homenagem a eles. Entretanto, enquanto eles lutavam contra o Flagelo, eles sofriam por terem sido separados de Sunwell, que lhes dava poderes. Desesperado para achar uma cura, Kael’thas fez o inimaginável: se juntou a Illidan para achar uma nova fonte de magia. Os membros restantes da Aliança consideraram os blood elves traidores e os exilaram.
Sem ter para onde ir, Kael’thas e os blood elves foram para Outland, onde ajudaram Illidan e sua naga a vencer Maiev. Estabelecido em Outland, Illidan então começou a elaborar um segundo ataque à Icecrown.

Guerra Civil nas Plaguelands
Kel'Thuzad, Transformado
em Lich
Ner’Zhul, o Lich King, sabia que seu tempo era curto e que Kil'Jaeden devia estar planejando um ataque contra ele. Desesperado, ele chamou seu maior servo, Arthas, para seu lado. Enfraquecido por estar ao lado do Lich King, Arthas esteve participando de uma guerra civil. Metade dos mortos-vivos havia se rebelado sob o comando de, agora morta viva, Sylvanas Windrunner. Os rebeldes, chamados de os Abandonados (Forsaken), queriam tomar o império dos mortos-vivos para si. Eles tomaram a antiga cidade de Lordaeron como a sede de seu império e, sob um novo estandarte, juraram banir o Flagelo da terra.
Enfraquecido, mas determinado a ajudar seu mestre, Arthas chegou Northrend e encontrou a naga de Illidan e os blood elves esperando por ele. Ele e seus aliados nerubianos então lutaram contra as forças de Illidan para defender o Trono de Gelo.

Lich King Triunfante
Mesmo enfraquecido, Arthas alcançou o Trono antes de Illidan. Lá, usando Frostmourne, sua espada, ele destruiu o Trono de Gelo, libertando o elmo e a armadura de Ner’Zhul. Tal como Ner’zhul queria, Arthas colocou o elmo e a armadura e os dois se tornaram um ser único, o novo Lich King. Illidan e suas tropas nada puderam fazer a não ser fugir para Outland.
Atualmente, Arthas, o novo Lich King, está reconstruindo Icecrown, enquanto Kel’Thuzad, seu tenente, lidera as tropas do Flagelo nas Plaguelands. Sylvanas e os Abandonados detêm apenas uma pequena parte de Tirisfal Glades.

Antigos Ódios – a Colonização de Kalimdor
Ainda que a vitória tenha sido deles, as raças mortais acabaram com um mundo destruído pela guerra. As batalhas haviam lesionado profundamente cada uma das raças, e elas se uniram, começando pela trégua entre Aliança Horda.
Thrall liderou os orcs para Kalimdor, onde, com a ajuda dos taurens e dos trolls da tribo de Darkspear, fundaram Durotar, uma nova terra onde eles viveriam em paz, nomeada em homenagem ao pai de Thrall. A Horda, antes uma facção voltada para conquistas, agora é uma coalizão que busca a sobrevivência e a prosperidade. Os remanescentes da Aliança se estabeleceram a sul de Kalimdor, onde fundaram Theramore, onde humanos e anões tentariam viver em uma terra que sempre seria hostil para eles. A trégua entre ambas partes, no entanto, não duraria muito.
Uma armada da Aliança, liderada pelo pai de Jaina, o Almirante Daelin Proudmoore,chegou em Kalimdor depois de navegar por muitos meses. O Almirante, assim que chegou, resolveu destruir Durotar antes mesmo dos orcs se estabelecerem e forçou Jaina a tomar uma terrível decisão: apoiar seu pai ou seus novos aliados. Ao final, Jaina traiu seu pai e ajudou Thrall a enfrentar e derrotar o Almirante Proudmoore. Infelizmente, o Almirante morreu antes mesmo de poder se reconciliar com sua filha ou de ver que os orcs eram um povo pacífico agora. Por sua lealdade, os orcs deixaram os exércitos de Jaina retornarem a Theramore sãos e salvos.