Atendendo aos pedidos de Odin, aqui está um pequeno resumo sobre os Renegados. Para informações mais detalhadas desses momentos, consulte a aba “História de Warcraft” e nos ajude a revisá-la!
Facção: Horda
Líder: A Rainha Banshee Sylvanas Corredora dos Ventos.
Os Renegados não são exatamente uma raça, mas sim seres mortos vivos que compartilham de uma história terrível. Durante a Terceira Guerra, com o advento do Flagelo como arma de destruição e corrupção a mando do Rei Lich, a região norte dos Reinos do Leste foi praticamente devastada. Nem mesmo a maior cidade dos homens naquela região, Lordaeron, resistiu ao avanço implacável da legião de Mortos Vivos. Tudo piorou quando Arthas Menethil, príncipe de Lordaeron, retornou do mundo dos mortos como um Cavaleiro da Morte. Sob seu punho de ferro o Flagelo marchou para o norte, em busca da Fonte do Sol, um verdadeiro receptáculo de poder místico, mantido e protegido pelos Alto Elfos de Lua Prateada.
Nada foi capaz de impedir Arthas de conquistar seus objetivos, quando ele usou o poder da Fonte do Sol para trazer a vida seu maior aliado, o necromante Kel'Thuzad, o responsável por dar início ao Flagelo, mascarado como o Culto dos Condenados. Um verdadeiro massacre foi perpetrado na capital do Elfos e quando tudo parecia ter terminado, Arthas reservaria um destino pior que a morte para aqueles que pereceram defendendo sua terra. Utilizando dos poderes necromânticos imbuídos pelo próprio Rei Lich, o Cavaleiro da Morte trouxe muitos elfos de volta a vida, como marionetes controladas por sua vontade. Entre eles estava a líder dos Batedores de Lua Prateada, Sylvanas Corredora dos Ventos, que foi transformada em uma atormentada Banshee.
Não só de elfos caídos se fazia o exército de Arthas, havia também muitos humanos entre eles e poucos anões. Por muito tempo passaram servindo a vontade do Cavaleiro, servindo como o braço forte do Flagelo. A situação só mudou quando o próprio Rei Lich, ainda isolado na inóspita Nortúndria, foi ferido por uma artimanha de Illidan e assim perdeu parte de seus poderes por um período de tempo. Esta perda quebrou o laço de alguns mortos vivos com o Rei Lich e assim Sylvanas conseguiu juntar aqueles que estavam livres e assim surgiram os Renegados.
Muitas águas rolaram desde o momento da liberdade e algo que chama a atenção é a condição atual dos Renegados, como membros da Horda. Quando vivos, boa parte destes seres fizeram parte da Aliança, fossem como humanos, anões ou elfos e sua inclusão na Horda é um fato que pode despertar estranheza. Acontece que, no momento da adesão dos Renegados, a Legião Ardente ainda era um perigo recente e por isso a importância de conseguir bons aliados, dificilmente a Aliança os aceitaria entre os seus e, para o bem ou para o mal, a principal raça da Horda compartilha com os Renegados a tragédia de serem peões dos demônios. É sabido que os orcs passaram gerações servindo aos senhores infernais e talvez por isso exista uma simpatia por parte dos mesmos, mas não se pode generalizar.
A situação dos Renegados só fica um pouco mais complicada em sua relação com os trolls, que, devido a cultura xamanística, não conseguem vê-los como algo correto. Os taures aceitaram os Renegados devido a influência da líder de uma das tribos, Magatha Grimtoten, que trabalha com eles em seus experimentos.
Apotecário |
A vida eterna e o sonho de buscar uma cura para a condição desmorta fez com que alguns Renegados se dedicassem a pesquisas, numa busca frenética por conhecimento. Dessa maneira, pode-se dizer que os maiores apotecários de Azeroth estão entre os seus. Suas pesquisas abrangem todas as áreas e fazem uso de métodos nada ortodoxos para alcançar estes objetivos, algo que pode assustar um pouco as outras raças. Ao contrário dos Orcs, os Renegados não recuperaram sua “humanidade” ou “pureza” com a quebra do vínculo com o Rei Lich, pode-se dizer que, entre as raças da Horda, os Renegados seriam aqueles que mais se aproximam de serem detentores de uma “maldade elementar”. O Flagelo deixou uma marca na psiquê de todos.
Por compartilharem desta situação, os Renegados acabaram por abandonar boa parte de seus antigos costumes e criaram uma nova maneira de “viver”. Suas estruturas assemelham-se as que eram usadas pelo Flagelo e ao fixarem sua moradia nos Reinos do Leste, na Cidade Subterrânea abaixo das Ruínas de Lordaerom, acabaram por se tornar o único foco da Horda no leste. Como parte deste novo legado construído depois da tragédia, os Renegados tem sua própria forma de ver o mundo através de uma religião. O chamado Culto da Sombra Esquecida preza pelo autoconhecimento e pela busca do saber em todas as suas formas. Alguns de seus fundamentos podem ser vistos como pérfidos e vis, mas, no fundo, não passa de um grande culto ao Eu.
Como dito anteriormente, alguns Renegados ainda buscam uma cura para sua situação, mas até hoje não houve registro de nenhum deles que conseguiu recuperar a vida perdida. Surpreendentemente, novos Renegados continuam surgindo nos locais onde a guerra do Flagelo teve foco e, caso não sejam encontrados, podem mergulhar numa espiral de loucura e autodestruição por não compreenderem a situação na qual estão inseridos.
A situação dos Renegados é complicada e apesar de não se importarem muito com terceiros, fazem o possível para provar seu valor dentro da Horda. Como testemunho final da postura destes mortos vivos, segue o relato:
Roto? |
Hoje não existe mais Eniales, este nobre defensor de seu povo jaz morto e enterrado. Sua memória deve ser honrada e respeitada, o que se ergueu de seu corpo foi uma criatura encardida, fétida, corrompida e podre. Escuto os orcs gritarem “minha vida pela Horda!”, e lamento não poder oferecer o mesmo entusiasmo. Minha vida me foi roubada e não posso mais proteger aqueles que um dia amei.
A Legião Ardente é um inimigo poderoso demais para se enfrentar sozinho, e é por isso que posso garantir meu apoio àqueles que contra ela lutam. A Horda nos recebeu com piedade, enquanto que na Aliança seríamos reconhecidos como inimigos imediatos... Apesar disso, uma coisa eu lhe digo:
Não pertencemos a facção alguma.
Não pertencemos a raça alguma.
Não nutrimos esperança alguma.
Nós somos os Renegados.”
- Roto, Executor de Sylvanas.
- Roto, Executor de Sylvanas.
Muito bom! Realmente foi possível ter uma noção muito melhor sobre a cultura e visão destes seres atormentados. Só me questiono se foram os Tauren, e não os Trolls que não os aceitaram muito bem por conta de sua cultura xamanística.
ResponderExcluirAmanhã publicarei o pergaminho com regras sobre os humanos em Azeroth para ASARD RPG.
Que história triste os Renegados têm... Finalmente descobri quem é o tal de Arthas, sempre via bastante vídeos no YouTube com ele.
ResponderExcluirGostei muito deste blog, mestre J Neves e grande Pai.
ResponderExcluirAzeroth é o único lugar no multiverso onde gostamos de ser, e não de trucidar orcs e "minotauros". Apesar que os mortos vivos continuam sendo nojentos.
Fico feliz que tenha gostado do post. Em breve detalharei melhor a parte religiosa deles, esse culto da sombra é bem interessante.
ResponderExcluirOdin - realmente desperta essa questão, mas pelo que consta no Lore de Warcraft são os trolls que não apreciam a presença dos Renegados. Mas isso não torna os taures amigos imediatos. Ele só aceitaram devido a maquinações de Magatha que, inclusive, revelou-se uma traidora nos fim das quantas.
Vale pensar na filiação dos Renegados como uma mera questão logística em favor da Horda. Thrall não seria tolo de dispensar esse apoio nos Reinos do Leste.
Tens razão. Uma outra coisa que eu andava questionando é por que os Altos Elfos se aliaram à Horda se eles nutrem um grande ódio pelos mortos-vivos, mas isso fica para outro pergaminho...
ResponderExcluirBom, o motivo principal é que a Horda precisava de uma raça "bonitinha" hehahheha!
ResponderExcluirMas falando sério, no período em que focamos aqui no blog, os elfos ainda não estão na Horda. Em todo caso, vale lembrar que não são TODOS OS ELFOS e sim apenas os Elfos do Sangue, que se aliaram a Horda. E ao contrário do que pode parecer, eles até simpatizam um pouco com os Renegados, já que seria possível encontrar até mesmo parentes entre os dois grupos, em condiões de "saúde" bem diferentes, claro.
Além disso, os Elfos do Sangue tentam se livrar de seu vício da magia demoníaca, uma abstinência que os próprios orcs já enfrentaram. Novamente, torna-se uma questão de "Vem cá, nós já passamos por isso".
Independente disso, a relação das raças, sejam da Horda ou da Aliança, não é tão "preto no branco", como é no jogo online. Lá você mata quem é da outra, normal. No âmbito do RPG a coisa muda, você interpreta. Não existe nada de estranho em ver um elfo da noite e um tauren como amigos, por exemplo.
Ainda vou fazer um post somente sobre isso.